A Ilusão Cômica

Primeira montagem brasileira do texto de Corneille é assinada pela companhia Razões Inversas, com direção de Marcio Aurelio.

Para celebrar os 21 anos de trajetória da Razões Inversas, uma das importantes companhias da cena teatral brasileira, montou em 2011 o espetáculo “A Ilusão Cômica”, clássico de francês Pierre Corneille (1606 a 1684). Inédito no Brasil, o texto tem encenação assinada por Marcio Aurelio, com tradução e adaptação de Valderez Cardoso Gomes.

A Ilusão Cômica

A Ilusão Cômica traz no elenco os atores Paulo Marcello, Joca Andreazza, Lavínia Pannunzio, Maria Stella Tobar, Clóvis Gonçalves, Gonzaga Pedrosa e Julio Machado, que contam a história do burguês Prindamante, que procura Clindor, seu filho desaparecido. Alcandro, um mago, por meio de sua arte, revela-lhe as aventuras de seu filho. Como servo do Capitão Matamouros, Clindor vê-se envolvido nas mais variadas tramas e confusões amorosas.

Metateatro

“A Ilusão Cômica” transita pelos diferentes gêneros como comédia, drama e tragédia, revelando o jogo de metalinguagem proposto por Corneille. Na encenação, a tradutora e dramaturga Valderez Cardoso Gomes, manteve a beleza poética do texto original, mas buscando ao mesmo tempo, torna-lo dinâmico, por meio de sua adaptação a uma linguagem contemporânea.

O diretor Marcio Aurelio, que há muito tempo alimentava o desejo de montar esse texto em que Corneille explora o metateatro, afirma que o “caráter absolutamente poético da peça e sua grande força dramática possibilitam que sejam levados à reflexão temas como o conhecimento, conflito entre pais e filhos, amor e relacionamentos humanos e sociais”. Ele acrescenta ainda que “além de metáforas, o texto de Corneille vai além e coloca em questão o próprio papel do teatro e sua função, provocando-nos no sentido da investigação da linguagem espetacular”.

Para compor a narrativa da história do burguês Prindamante, que à procura de seu desaparecido filho Clindor, recorre aos serviços do mago Alcandro, o diretor Marcio Aurelio montou o espetáculo em cinco atos. No primeiro ato, o prólogo, é apresentada a temática. Nos demais atos o desenrolar da trama transita por situações cômicas, dramáticas e trágicas. “O filho sai de um ato para outro mudando de características. O pai acompanha todos os seus passos, mas não tem acesso a ele. Será que o que está vendo é realidade?”, propõe o diretor.

Sinopse

O burguês Prindamante procura Clindor, seu filho desaparecido. Alcandro, o mago, por meio de sua arte, revela-lhe as aventuras de seu filho. Como servo do Capitão Matamouros, Clindor vê-se envolvido nas mais variadas tramas e confusões amorosas. O espetáculo transita pelos diferentes gêneros, drama, comédia e tragédia, revelando o jogo de metalinguagem proposto por Corneille. Ao final do espetáculo revela-se que tudo não passou de uma grande ilusão cômica e que o filho do burguês Prindamonte tornou-se ator em uma companhia teatral.

Ficha Técnica

Direção: Marcio Aurelio
Tradução e adaptação: Valderez Cardoso Gomes
Elenco: Paulo Marcello, Joca Andreazza, Lavínia Pannunzio, Maria Stella Tobar, Clóvis Gonçalves, Gonzaga Pedrosa, Julio Machado, Gabriel Stippe e André Tristão
Cenários: André Cortez
Figurinos: Marcio Aurelio, André Cortez e Lígia Pereira
Iluminação: Marcio Aurelio
Trilha sonora: Daniel Maia
Direção de produção: Paulo Marcello
Produção Executiva: Renata Araujo
Patrocínio: Banco do Brasil e Eletrobrás

Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 90 minutos

Prêmios e indicações

  • Prêmio APCA 2011 de melhor ator para Joca Andreazza;
  • Prêmio APCA 2011 de melhor atriz para Lavínia Pannunzio;
  • Indicação para o prêmio APCA 2011 de melhor direção;
  • Indicação para o prêmio Shell 2011 de melhor atriz para Lavínia Pannunzio;
  • Indicação para o prêmio Shell 2011 de melhor direção.

Veja aqui a galeria de fotos da peça.

 

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